É fezes, estrume e chorume
Só bosta da base ao cume
Dejetos, excretos saindo dos retos
Esguichando e jorrando direto
Merda no chão, na parede e no teto
Enquanto isso, a mulher da TV
Se diz livre por poder escolher
O cocô menos feio
Felipe Menezes - 21/10/2014
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Sangue
Grande desperdício
Morrer com dinheiro na conta
Sua falta de coragem
Compra uma vida faz-de-conta
Me chamem de esquerdista, comunista
Vomitem o repertório burguês
Não tenho religião
E sou mais cristão do que vocês
Não temo a morte nem o fim do mês
Se nada é por acaso
Que prepotência reclamar!
A sociedade é um corpo
O dinheiro é o sangue
E o sangue tem que circular.
Felipe Menezes - 04/10/2014
Morrer com dinheiro na conta
Sua falta de coragem
Compra uma vida faz-de-conta
Me chamem de esquerdista, comunista
Vomitem o repertório burguês
Não tenho religião
E sou mais cristão do que vocês
Não temo a morte nem o fim do mês
Se nada é por acaso
Que prepotência reclamar!
A sociedade é um corpo
O dinheiro é o sangue
E o sangue tem que circular.
Felipe Menezes - 04/10/2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
Teatro
A vida é um teatro.
Primeiro, ensaia-se na escola
Aprende-se o que fazer em cena para agradar a plateia
O palco é uma sala com mais 30 crianças e um adulto.
Na faculdade ensaia-se em média 5 anos
Para apresentar uma peça de décadas aos pais.
O curioso são os atores, que esquecem estarem atuando
E juram para todo o mundo que são os personagens.
Me recuso a ensaiar tanto tempo e me perguntam o motivo
É que já atuo numa peça há 27 anos
E não gosto de ensaios, prefiro o improviso.
Não preciso de roteiros ou garantias
Para me sentir vivo.
Só peço que abram as cortinas
E deixem o palco comigo.
Bom espetáculo!
E merda pra vocês.
Primeiro, ensaia-se na escola
Aprende-se o que fazer em cena para agradar a plateia
O palco é uma sala com mais 30 crianças e um adulto.
Na faculdade ensaia-se em média 5 anos
Para apresentar uma peça de décadas aos pais.
O curioso são os atores, que esquecem estarem atuando
E juram para todo o mundo que são os personagens.
Me recuso a ensaiar tanto tempo e me perguntam o motivo
É que já atuo numa peça há 27 anos
E não gosto de ensaios, prefiro o improviso.
Não preciso de roteiros ou garantias
Para me sentir vivo.
Só peço que abram as cortinas
E deixem o palco comigo.
Bom espetáculo!
E merda pra vocês.
Felipe Menezes - 24/06/2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Foda-se
Adoro ser questionado.
Me divirto ouvindo os desaforos.
Nada é mais prazeroso
Do que desmentir um energúmeno.
Me dando a chance de expor como penso
E deixando evidente na minha mente
O oceano de arrogância que nos separa.
Pois o mal não existe.
Todo mal é ignorância.
Ignorância, leia-se burrice.
Nunca tive paciência para gente burra.
Por isso, aprendi a debochar do mal.
O mal é, por ser burro, extremamente mongol.
Portanto, extremamente engraçado.
Digno de desprezo, deboches e gargalhadas.
Raiva, nunca.
Por isso rio quando sou ofendido.
Acreditem, é o riso mais sincero que há.
Me excito diante da possibilidade
De provar o meu ponto pelas atitudes.
Pois as palavras e a matemática
Limitam o entendimento.
Não são linguagens nas quais confio.
A maior parte do que guardo na consciência,
Não tem tradução numérica ou literária.
De tão simples e complexo que é,
O universo que me habita.
Portanto, sou grato
Aos que quebram o frágil vidro da compostura.
Não faço questão dele intacto.
Prefiro o lado prático das coisas.
O lado verídico. Animal. Visceral.
O lado nu. Explícito.
Preto no branco.
Prefiro o caos dos tumultos e explosões.
com toda sua autenticidade
Do que regras impostas por medos e padrões
com prazos de validade.
Prefiro os loucos, ainda que poucos,
incompreendidos e roucos,
do que androides em suas rotinas,
movidos a remédios, esteroides e cocaína.
Viva o recomeço. Viva as transformações.
Que sejam bem vindas as catástrofes
quais que forem suas implicações.
Quem sou eu para dizer
O que tinha ou não de ser?
Que morra velho e nasça o novo
Que morra o novo e renasça o velho
Que morram todos de uma vez
Ou não.
Nunca temo o que vem por aí.
Pois eles todos são um
E eu sou todos eles.
Me façam algum mal
e os farei sentirem-se como idiotas
Mais incapazes que um saco de bosta.
Nenhuma matéria me preenche.
Meu vazio há muito está cheio.
Pois não existe meio-irmão
Nem meia verdade.
Um inteiro
Não se contenta com a metade.
A abundância que há em mim
Não faz contas, nem olha a quem.
Se dinheiro na mão é vendaval,
Então que vente forte.
E foda-se.
Felipe Menezes - 09/04/2014
Me divirto ouvindo os desaforos.
Nada é mais prazeroso
Do que desmentir um energúmeno.
Me dando a chance de expor como penso
E deixando evidente na minha mente
O oceano de arrogância que nos separa.
Pois o mal não existe.
Todo mal é ignorância.
Ignorância, leia-se burrice.
Nunca tive paciência para gente burra.
Por isso, aprendi a debochar do mal.
O mal é, por ser burro, extremamente mongol.
Portanto, extremamente engraçado.
Digno de desprezo, deboches e gargalhadas.
Raiva, nunca.
Por isso rio quando sou ofendido.
Acreditem, é o riso mais sincero que há.
Me excito diante da possibilidade
De provar o meu ponto pelas atitudes.
Pois as palavras e a matemática
Limitam o entendimento.
Não são linguagens nas quais confio.
A maior parte do que guardo na consciência,
Não tem tradução numérica ou literária.
De tão simples e complexo que é,
O universo que me habita.
Portanto, sou grato
Aos que quebram o frágil vidro da compostura.
Não faço questão dele intacto.
Prefiro o lado prático das coisas.
O lado verídico. Animal. Visceral.
O lado nu. Explícito.
Preto no branco.
Prefiro o caos dos tumultos e explosões.
com toda sua autenticidade
Do que regras impostas por medos e padrões
com prazos de validade.
Prefiro os loucos, ainda que poucos,
incompreendidos e roucos,
do que androides em suas rotinas,
movidos a remédios, esteroides e cocaína.
Viva o recomeço. Viva as transformações.
Que sejam bem vindas as catástrofes
quais que forem suas implicações.
Quem sou eu para dizer
O que tinha ou não de ser?
Que morra velho e nasça o novo
Que morra o novo e renasça o velho
Que morram todos de uma vez
Ou não.
Nunca temo o que vem por aí.
Pois eles todos são um
E eu sou todos eles.
Me façam algum mal
e os farei sentirem-se como idiotas
Mais incapazes que um saco de bosta.
Nenhuma matéria me preenche.
Meu vazio há muito está cheio.
Pois não existe meio-irmão
Nem meia verdade.
Um inteiro
Não se contenta com a metade.
A abundância que há em mim
Não faz contas, nem olha a quem.
Se dinheiro na mão é vendaval,
Então que vente forte.
E foda-se.
Felipe Menezes - 09/04/2014
sábado, 8 de março de 2014
Caminho do Meio
Ao norte
Sempre a morte
E que sorte
Que ela está lá
Invisível
Impassível
Indizível
Esperando eu chegar
Sem querer ir embora
Indiferente à demora
Fazendo hora
Para me libertar
Mas não tenho pressa
Não enjoei desta peça
Minha aventura começa
Onde convém terminar
Neste passeio
Meu caminho é o do meio
O que faz voltas e rodeios
E não é linear
A viagem
É de aprendizagem
Bobagem
É querer ensinar
Sempre a morte
E que sorte
Que ela está lá
Invisível
Impassível
Indizível
Esperando eu chegar
Sem querer ir embora
Indiferente à demora
Fazendo hora
Para me libertar
Mas não tenho pressa
Não enjoei desta peça
Minha aventura começa
Onde convém terminar
Neste passeio
Meu caminho é o do meio
O que faz voltas e rodeios
E não é linear
A viagem
É de aprendizagem
Bobagem
É querer ensinar
Felipe Menezes - 08/03/2014
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Moralismo Moribundo
O certo não é
O errado ao inverso
Nem o errado
É o oposto do certo
A certeza cega
A carência de entendimento
E a contradição sempre pega
Quem tem razão todo momento
Normal.
Pode ser que o deserto
Amanheça dublado
Moral:
Você nunca estará certo
Ao me julgar errado
O errado ao inverso
Nem o errado
É o oposto do certo
A certeza cega
A carência de entendimento
E a contradição sempre pega
Quem tem razão todo momento
Normal.
Pode ser que o deserto
Amanheça dublado
Moral:
Você nunca estará certo
Ao me julgar errado
Felipe Menezes - 10/09/2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Possibilidades
Nasci num mundo cheio de possibilidades
Todas elas
Infinitas
Quando atingi certa idade
Ficaram mais e mais
Restritas
Disseram que eu teria escolha
Mas não me deram a escolha
De não ter que escolher
Pois o mundo é assim
Disseram eles
E não há tempo a perder
Puseram-me atuando
Numa peça grotesca
E o elenco é o público pagante
Vi corações solidificando
Como argila fresca
Secando na estante
Forçados a endurecer
Sofrendo sem saber
Por que propósito ou fim
Demorei a perceber
O que está a acontecer
E o que querem de mim
Querem meu cérebro enjaulado
E minha consciência
Numa casca de ovo
Querem-me ébrio e focado
Pois a paz e o silêncio
Abre todas as possibilidades de novo
Todas elas
Infinitas
Quando atingi certa idade
Ficaram mais e mais
Restritas
Disseram que eu teria escolha
Mas não me deram a escolha
De não ter que escolher
Pois o mundo é assim
Disseram eles
E não há tempo a perder
Puseram-me atuando
Numa peça grotesca
E o elenco é o público pagante
Vi corações solidificando
Como argila fresca
Secando na estante
Forçados a endurecer
Sofrendo sem saber
Por que propósito ou fim
Demorei a perceber
O que está a acontecer
E o que querem de mim
Querem meu cérebro enjaulado
E minha consciência
Numa casca de ovo
Querem-me ébrio e focado
Pois a paz e o silêncio
Abre todas as possibilidades de novo
Felipe Menezes - 15/01/2013
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Soneto da Ignorância
Nos confins do ceticismo
Habita uma certeza
A ignorância predadora
Faz do homem fácil presa
Os conduz para o abismo
Com malícia e sutileza
Suave, dominadora
Os empurra com leveza
Duram anos caindo assim
O cérebro morto
O corpo vendo seu fim
Dormem sem sonhar
Até que um baque surdo
Encerra este absurdo
Habita uma certeza
A ignorância predadora
Faz do homem fácil presa
Os conduz para o abismo
Com malícia e sutileza
Suave, dominadora
Os empurra com leveza
Duram anos caindo assim
O cérebro morto
O corpo vendo seu fim
Dormem sem sonhar
Até que um baque surdo
Encerra este absurdo
Felipe Menezes - 01/11/2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Meu Eu e Eu
De manhã, durmo
Em seguida, vem o turno diurno
Na sequência, o noturno
Só então, descanso taciturno
É aí que sumo
Não atendo mais ao telefone
Vagueio pela casa sem rumo
Livre, leve e insone
Fazendo o que me dá na telha
Dando vez às minhas vontades
Provando o calor de uma centelha
De uma tal de liberdade
Madrugada adentro é assim
Me permito e desconcentro
Dispenso o centro, o norte e enfim
Ouço só o que vem de dentro
Converso comigo
E me conheço sempre um pouco mais
Fico cada vez mais meu amigo
Descobrindo o que me apraz
Então brindo com meu eu
E bebo por nós dois
Deitamos juntos no breu
E acordo sozinho depois
Em seguida, vem o turno diurno
Na sequência, o noturno
Só então, descanso taciturno
É aí que sumo
Não atendo mais ao telefone
Vagueio pela casa sem rumo
Livre, leve e insone
Fazendo o que me dá na telha
Dando vez às minhas vontades
Provando o calor de uma centelha
De uma tal de liberdade
Madrugada adentro é assim
Me permito e desconcentro
Dispenso o centro, o norte e enfim
Ouço só o que vem de dentro
Converso comigo
E me conheço sempre um pouco mais
Fico cada vez mais meu amigo
Descobrindo o que me apraz
Então brindo com meu eu
E bebo por nós dois
Deitamos juntos no breu
E acordo sozinho depois
Felipe Menezes - 16/09/2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Transmutação
Não sou as roupas
Que camuflam o corpo nu
Sou muito mais
Sou a metamorfose de Raul
Não sou os cheiros artificiais
Sou o suor
E o fedor das coisas reais
Rótulos não me cabem
E os julgamentos, tão banais
Estes de nada valem
Pois amanhã não sou eu mais
Um peixe solto num mar revolto
Talvez tenha mais certeza
Sou um louco que acha pouco
Viver só uma natureza
Aqui estou. Mas este não sou.
Ou era? Não sei
De lá pra cá
Vai ver, já mudei
Que camuflam o corpo nu
Sou muito mais
Sou a metamorfose de Raul
Não sou os cheiros artificiais
Sou o suor
E o fedor das coisas reais
Rótulos não me cabem
E os julgamentos, tão banais
Estes de nada valem
Pois amanhã não sou eu mais
Um peixe solto num mar revolto
Talvez tenha mais certeza
Sou um louco que acha pouco
Viver só uma natureza
Aqui estou. Mas este não sou.
Ou era? Não sei
De lá pra cá
Vai ver, já mudei
Felipe Menezes - 08/09/2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Chamas
Chamo-te em chamas
Num ardor
Que clama por minha dama
Fervo em cada nervo
E me aqueço
Contra o gelo da minha cama
De súbito, me levanto
Suado e farto de descanso
E tanto é meu encanto
Que meu pranto é um canto manso
Ecoa pelo lar
Numa nota de esperança
Dissipando pelo ar
O fogo ardente das lembranças
Num ardor
Que clama por minha dama
Fervo em cada nervo
E me aqueço
Contra o gelo da minha cama
De súbito, me levanto
Suado e farto de descanso
E tanto é meu encanto
Que meu pranto é um canto manso
Ecoa pelo lar
Numa nota de esperança
Dissipando pelo ar
O fogo ardente das lembranças
Felipe Menezes - 30/08/2012
sábado, 17 de março de 2012
Pai
Meu pai me ensinou tudo
Coisas de toda sorte
Amor, estudo
Música, esporte
Deu-me espada e escudo
Falou da vida e da morte
Ensinou-me a não ficar mudo
Saber ouvir
E falar com conteúdo
Falou de Deus
Buda, Alah, Judah, Zeus
Da pedra de Sísifo
Do fogo de Prometeu
Falou de Sócrates, Vinícius
Chico, Garrincha, Maurício
Dos prazeres e vícios
Da origem da vida desde o início
Consolidou meus princípios
Contou das tarefas e ofícios
A parte fácil e a difícil
E os valores dos sacrifícios
Formou minha mente cética
Ensinou-me a moral e a ética
A força da dialética
E as armadilhas da estética
Preciosos conselhos
Que me servem de espelhos
O amor no olhar do meu pai
Diz mais que mil evangelhos
Felipe Menezes - 17/03/2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
E se...
E se todo adeus
Fosse só um até breve?
Então toda avalanche
Seria só um floco de neve
Se toda revolução
Fosse só uma greve
Então todo poema
Só seria problema
De quem escreve
Se todo sofrimento
Se reduzisse a um lamento
Que gritasse por fora
E se curasse por dentro
Então toda mentira
Seria só brincadeira
E toda raiva, toda ira
Não mais que besteiras
Se toda destreza
Enchesse olhos e mesas
E toda beleza
Suprimisse a tristeza
Então a Terra seria
Uma mãe muito fria
Ausente à noite
Indiferente ao dia
Que não diz a verdade
E finge estar bem
Prefere a falsidade
E não ama ninguém
Felipe Menezes - 06/02/2012
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Contexto
Num giro, me viro
Me inspiro, me atiro
Me tiro da linha de tiro
Um suspiro
Levanto, reviro
Caneta, papel
Papiro, pincel
Piro tipo Pinel
Miro além do céu
Na viagem, deliro
Me retiro de rapel
Volto satisfeito
Na mente e no peito
Com o efeito do feito
Por ter feito direito
Minhas referências
São tudo que respeito
Misturo com as vivências
E faço do meu jeito
Sem preceito ou pretexto
Meu conceito é o contexto
Se tá feio, enfeito
Se não deu, mudo o texto
Erro torto e a direito
Como todo ser imperfeito
E de um verso morto, refeito
Surge uma fênix do leito
Eu, absorto, me deleito
Ouço tudo, transcrevo
E me deito
E me deito
Felipe Menezes - 22/06/2011
sábado, 18 de dezembro de 2010
Tempo Vendido
Na rotina suada e sofrida
O sujeito vende seu tempo de vida
Seu bem mais valioso
Trocado por um trocado e comida
Entre o nascimento e a morte
Muita coisa é perdida
Porém, com esforço ou com sorte
Qualquer uma pode ser devolvida
O tempo é a única exceção
Embarca no primeiro avião
Com passagem só de ida
Somos o que vivemos
E o tempo pra viver?
Nós o vendemos...
Felipe Menezes - 18/12/2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Resquícios Vitalícios
É mais que um simples vício
Ou uma questão de princípio
Meus versos não são fictícios
São meus resquícios vitalícios
Ainda que tenham algum indício
Não falo de um mero exercício
Meus versos não são um ofício
São meu fim, meio e início
Mesmo que os julguem desperdícios
Ou artifícios que visam benefícios
Ainda penetrarão todos vossos orifícios
Mesmo que eu tombe do precipício
Ou pereça no momento propício
Serão ainda mais sólidos que mil edifícios
Felipe Menezes - 10/12/2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
Definição
Intermitente impulso instigante
Inconseqüente altivez da loucura
Iminente inspiração vacilante
Reincidente e bendita ventura
Lampejos de um querer criador
Devaneios de uma mente inquieta
Desejos de um saber sonhador
Anseios de um reles poeta
Insurgente hábito lúdico
Que me faz penitente
Amante e súdito
Emergente hábito súbito
Que se faz recorrente
Louco e lúcido
Felipe Menezes - 20/03/2010
Inconseqüente altivez da loucura
Iminente inspiração vacilante
Reincidente e bendita ventura
Lampejos de um querer criador
Devaneios de uma mente inquieta
Desejos de um saber sonhador
Anseios de um reles poeta
Insurgente hábito lúdico
Que me faz penitente
Amante e súdito
Emergente hábito súbito
Que se faz recorrente
Louco e lúcido
Felipe Menezes - 20/03/2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
Dos Mesquinhos
Chamam de redenção
Qualquer pequena alegria
Dizem-se justos e bons
Os que propagam hipocrisia
Com a máscara da inocência
Pregam a morte e a nostalgia
Vós quereis o próprio bem
O conformismo e a calmaria
Onde vistes a prudência
Eu vejo a covardia
Dizem-se piedosos
Os fatigados indolentes
Passam-se por generosos
Tais rebanhos de crentes
A mim não enganam
Vossas mentes doentes
Vejo além da fantasia
E por detrás de vossos dentes
A alienação que há em vós
Não vos deixa ir em frente
Pois a vida, mesquinhos
É para ser superada
Vós sois uma pedra no caminho
Uma massa estagnada
Digo-lhes: vão sozinhos
Desvencilhai da trupe conformada
Procurai vossa trilha
Enfrentai vossa jornada
Ela é como vossa filha
Por ti há de ser criada
Felipe Menezes - 03/03/2010
Qualquer pequena alegria
Dizem-se justos e bons
Os que propagam hipocrisia
Com a máscara da inocência
Pregam a morte e a nostalgia
Vós quereis o próprio bem
O conformismo e a calmaria
Onde vistes a prudência
Eu vejo a covardia
Dizem-se piedosos
Os fatigados indolentes
Passam-se por generosos
Tais rebanhos de crentes
A mim não enganam
Vossas mentes doentes
Vejo além da fantasia
E por detrás de vossos dentes
A alienação que há em vós
Não vos deixa ir em frente
Pois a vida, mesquinhos
É para ser superada
Vós sois uma pedra no caminho
Uma massa estagnada
Digo-lhes: vão sozinhos
Desvencilhai da trupe conformada
Procurai vossa trilha
Enfrentai vossa jornada
Ela é como vossa filha
Por ti há de ser criada
Felipe Menezes - 03/03/2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Está em Nós
Em assunto espiritual
O genuíno reflete sozinho
Não segue nenhum ritual
Apenas seu próprio caminho
Doutrina nenhuma
Ensina-o a viver
Pois foram escritas por outros
Muito antes dele nascer
Hoje são propagadas
Como verdades soberanas
Por figuras fantasiadas
Conservadoras e insanas
O que o diferencia
De tais propagadores?
Teriam eles mais sabedoria
Mais fibra e mais amores?
Ambos tem o mesmo coração
A mesma sina e procedência
Então qual o valor de seu sermão?
Ou de suas penitências?
O divino está bem aqui
Está em nós
Em nosso peito, dentro de ti
Em nossa voz
Felipe Menezes - 10/02/2010
O genuíno reflete sozinho
Não segue nenhum ritual
Apenas seu próprio caminho
Doutrina nenhuma
Ensina-o a viver
Pois foram escritas por outros
Muito antes dele nascer
Hoje são propagadas
Como verdades soberanas
Por figuras fantasiadas
Conservadoras e insanas
O que o diferencia
De tais propagadores?
Teriam eles mais sabedoria
Mais fibra e mais amores?
Ambos tem o mesmo coração
A mesma sina e procedência
Então qual o valor de seu sermão?
Ou de suas penitências?
O divino está bem aqui
Está em nós
Em nosso peito, dentro de ti
Em nossa voz
Felipe Menezes - 10/02/2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Ingênua Necessidade
Existem coisas
Que não iremos nunca compreender
Por sermos demasiado pequenos
Por termos sempre o que aprender
Assuntos que vão além
De nossa compreensão
Que não entendemos sem
Um bocado de imaginação
De diferentes visões sobre eles
Surgiram as religiões
E derramou-se sangue entre aqueles
De divergentes opiniões
De ensinamentos distorcidos
Fizeram livros sagrados
E daqueles que não tinham lido
Pecadores condenados
De infundadas teorias
Fizeram verdades absolutas
Chamaram lucidez de heresia
E mulheres de prostitutas
Sob o véu da santidade
O homem bebe alienação
Pela ingênua necessidade
De alguma explicação
Felipe Menezes - 03/02/2010
Que não iremos nunca compreender
Por sermos demasiado pequenos
Por termos sempre o que aprender
Assuntos que vão além
De nossa compreensão
Que não entendemos sem
Um bocado de imaginação
De diferentes visões sobre eles
Surgiram as religiões
E derramou-se sangue entre aqueles
De divergentes opiniões
De ensinamentos distorcidos
Fizeram livros sagrados
E daqueles que não tinham lido
Pecadores condenados
De infundadas teorias
Fizeram verdades absolutas
Chamaram lucidez de heresia
E mulheres de prostitutas
Sob o véu da santidade
O homem bebe alienação
Pela ingênua necessidade
De alguma explicação
Felipe Menezes - 03/02/2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Vida Passageira
Vida passageira
Vita brevis
Vida ligeira
Ontem mesmo era segunda
Amanhã já é sexta-feira
Eu mal pisquei os olhos
E lá se foi a semana inteira
Se o tempo é uma virtude
Então a vida é traiçoeira
A cada dia ele se esvai
Restando menos na peneira
Cada grão é precioso
Mais que a Amazônia inteira
Não que seja um artigo caro
Pois não vende ali na feira
Não adianta ter bom faro
Não se pega nem se cheira
Não é escuro nem é claro
Não tem jeito nem maneira
Faz de cada momento, raro
Faz da vida, passageira
Felipe Menezes - 15/09/2009
Vita brevis
Vida ligeira
Ontem mesmo era segunda
Amanhã já é sexta-feira
Eu mal pisquei os olhos
E lá se foi a semana inteira
Se o tempo é uma virtude
Então a vida é traiçoeira
A cada dia ele se esvai
Restando menos na peneira
Cada grão é precioso
Mais que a Amazônia inteira
Não que seja um artigo caro
Pois não vende ali na feira
Não adianta ter bom faro
Não se pega nem se cheira
Não é escuro nem é claro
Não tem jeito nem maneira
Faz de cada momento, raro
Faz da vida, passageira
Felipe Menezes - 15/09/2009
Soneto da Vida
Viemos da água
Do sol, do sal
Do céu, do chão
Do bem, do mal
Frutos do caos
Da orgia social
Do tédio de domingo
Das noites de carnaval
Filhos do solo
Da convergência dos pólos
Dos dois lados do punhal
Filhos do nada
Partes do tudo
Cálculos num mapa astral
Felipe Menezes - 04/11/2009
Do sol, do sal
Do céu, do chão
Do bem, do mal
Frutos do caos
Da orgia social
Do tédio de domingo
Das noites de carnaval
Filhos do solo
Da convergência dos pólos
Dos dois lados do punhal
Filhos do nada
Partes do tudo
Cálculos num mapa astral
Felipe Menezes - 04/11/2009
E.U.A.
Crises cíclicas
No sistema capitalista
Guerras implícitas
Atentados terroristas
Valores distorcidos
Por visões materialistas
Indivíduos possuídos
Por impulsos consumistas
Soldados destemidos
Falsos altruístas
Elite racista
Magistério narcisista
Jovens vendados
Sem visão periférica
Pobres coitados
Deus abençoe a América
Felipe Menezes - 22/09/2009
No sistema capitalista
Guerras implícitas
Atentados terroristas
Valores distorcidos
Por visões materialistas
Indivíduos possuídos
Por impulsos consumistas
Soldados destemidos
Falsos altruístas
Elite racista
Magistério narcisista
Jovens vendados
Sem visão periférica
Pobres coitados
Deus abençoe a América
Felipe Menezes - 22/09/2009
Poesia
A poesia não tem fórmula
Não tem regra, não tem forma
É simples pensamento
Que subitamente se transforma
Não tem escola
Não tem mestre, não tem norma
É pura intuição
Que não se ensina nem se informa
Felipe Menezes - 14/09/2009
Não tem regra, não tem forma
É simples pensamento
Que subitamente se transforma
Não tem escola
Não tem mestre, não tem norma
É pura intuição
Que não se ensina nem se informa
Felipe Menezes - 14/09/2009
Abraxas
Sou poeta moribundo e debochado
Oriundo deste mundo deformado
Vagabundo, disciplinado e moderado
Seco, raso e fundo. Doce, amargo e salgado
Sou careta e vadio
Me divirto e não rio
Vivo tranquilo e por um fio
Sou calor e sou frio
Falo e me calo, ajudo e atrapalho
Penso e abstraio
Folgo e trabalho
Sou porta e sou muro, claro e escuro
Fruto limpo e impuro
Verde e maduro
Felipe Menezes - 07/10/2009
Oriundo deste mundo deformado
Vagabundo, disciplinado e moderado
Seco, raso e fundo. Doce, amargo e salgado
Sou careta e vadio
Me divirto e não rio
Vivo tranquilo e por um fio
Sou calor e sou frio
Falo e me calo, ajudo e atrapalho
Penso e abstraio
Folgo e trabalho
Sou porta e sou muro, claro e escuro
Fruto limpo e impuro
Verde e maduro
Felipe Menezes - 07/10/2009
Chuva, Céu, Lua e Sol
A chuva
É como uma viúva
Que chora sem parar
Já o céu
É tipo um coronel
Pontual e regular
A lua
Parece uma perua
Que adora se mostrar
E o sol
Adora um futebol
E toda noite vai dançar
Felipe Menezes - 10/01/2010
É como uma viúva
Que chora sem parar
Já o céu
É tipo um coronel
Pontual e regular
A lua
Parece uma perua
Que adora se mostrar
E o sol
Adora um futebol
E toda noite vai dançar
Felipe Menezes - 10/01/2010
Doce Vício
É chato não saber
Por onde começar
Mais chato é escrever
Ler e não gostar
A inspiração sempre me foge
Sem dizer se vai voltar
Minha mente fica louca
Com abstinência de criar
De tanto acostumada
Viu-se, enfim, viciada
E não diz que vai parar
Não foi coisa planejada
Adquiriu, assim, do nada
O doce vício de versar
Felipe Menezes - 21/01/2010
Por onde começar
Mais chato é escrever
Ler e não gostar
A inspiração sempre me foge
Sem dizer se vai voltar
Minha mente fica louca
Com abstinência de criar
De tanto acostumada
Viu-se, enfim, viciada
E não diz que vai parar
Não foi coisa planejada
Adquiriu, assim, do nada
O doce vício de versar
Felipe Menezes - 21/01/2010
Procedimento Padrão
Lento e atento
Penso a contento
Arisco, mudo o disco
Tento e rabisco
Assisto e desisto
Mas risco e insisto
Anseio e leio
Julgo tudo devaneio
Amasso e arremesso
Refaço e despeço
Felipe Menezes - 20/12/2009
Penso a contento
Arisco, mudo o disco
Tento e rabisco
Assisto e desisto
Mas risco e insisto
Anseio e leio
Julgo tudo devaneio
Amasso e arremesso
Refaço e despeço
Felipe Menezes - 20/12/2009
Aprendizado
Aprendi a perder
A não pensar em poder
Aprendi a errar
E saber reconhecer
Aprendi
A não me deixar seduzir
Por ilusões que irão me trair
Aprendi a cair
E saber levantar
Aprendi a sorrir
Quando devia chorar
Felipe Menezes - 2007
A não pensar em poder
Aprendi a errar
E saber reconhecer
Aprendi
A não me deixar seduzir
Por ilusões que irão me trair
Aprendi a cair
E saber levantar
Aprendi a sorrir
Quando devia chorar
Felipe Menezes - 2007
Para Ler Só Por Ler
Às vezes eu pego a caneta
Só por pegar
E escrevo qualquer coisa
Só pra enganar
Poema não precisa de tema
Só pra enfeitar
A poesia é autônoma
Só pra lembrar
Basta escrever qualquer coisa
Só pra começar
E deixar o instinto falar
Só por falar
Felipe Menezes - 21/01/2010
Só por pegar
E escrevo qualquer coisa
Só pra enganar
Poema não precisa de tema
Só pra enfeitar
A poesia é autônoma
Só pra lembrar
Basta escrever qualquer coisa
Só pra começar
E deixar o instinto falar
Só por falar
Felipe Menezes - 21/01/2010
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