sábado, 17 de março de 2012

Pai

Meu pai me ensinou tudo
Coisas de toda sorte
Amor, estudo
Música, esporte
Deu-me espada e escudo
Falou da vida e da morte
Ensinou-me a não ficar mudo
Saber ouvir
E falar com conteúdo
Falou de Deus
Buda, Alah, Judah, Zeus
Da pedra de Sísifo
Do fogo de Prometeu
Falou de Sócrates, Vinícius
Chico, Garrincha, Maurício
Dos prazeres e vícios
Da origem da vida desde o início
Consolidou meus princípios
Contou das tarefas e ofícios
A parte fácil e a difícil
E os valores dos sacrifícios
Formou minha mente cética
Ensinou-me a moral e a ética
A força da dialética
E as armadilhas da estética
Preciosos conselhos
Que me servem de espelhos
O amor no olhar do meu pai
Diz mais que mil evangelhos

Felipe Menezes - 17/03/2012

5 comentários:

  1. Felipe, meu filho, não há medalha, troféu, diploma ou qualquer prêmio maior do que esse que você acabou de me dar! E como é bom sentir que caminhamos juntos no permanente aprendizado e desfrute da vida!

    Beijo.
    Seu pai,
    Cristiano

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  2. Fela, que delícia de poema!
    Mas que emoção!
    Corre e teima na veia!
    Trazendo no destino a sina
    De uma família que é puro coração!
    Um rio caudaloso de luz!
    Que arrasta a todos nesta devoção!
    O manejo suave das palavras nos conduz
    Envolvidos neste mel e calor que queima!
    Explode o peito de paixão!
    Lindo mil vezes por escancarar a carne
    Expor as entranhas
    E convidarmos para a ceia!

    Beijos,
    Tia Nathalia

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  3. Fela,
    Palavras cinematográficas que nos deram de presente a imagem de um pai que sempre navegou pelos rios desta vida com leveza e maestria.
    Palavras cirúrgicas que recortaram com precisão
    a beleza das histórias,
    o significado dos gestos que transformam
    e o olhar que aponta para o viço das manhãs.
    Parabéns e obrigado pelo presente
    Marcelo Ottoni

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  4. Obrigado meu pai, paizão, paizíssimo, cuja existência possibilitou o nascimento deste poema e deste poeta.

    Obrigado meus tios queridos, Marcelo e Nathalia, este casal lindo que tanto admiro e que transpira amor e poesia!

    São 3 poetas de mão cheia que eu citei aí acima, não dá nem pra falar muita coisa... Quando crescer quero ser igual a vocês! hehehe

    Beijos,
    Felipe

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    Respostas
    1. Fela, menino doce, fala rascante quando o vento o desafia!Fia as linhas do tempo que o transforma num grande homem!
      Herdou a veia poética do pai e da sua família.
      Sobrinho querido que ganhei de presente com o enamoramento que entrelaçou a minha vida com a do seu tio poeta!
      Fela meu lindo, continua a trilhar este caminho de rosa e espinho!
      Engana as dobras do tempo convivendo com o menino e o poeta! Transforma as trilhas da estrada em letras da canção. Mui agradecida pela honra da sua admiração!

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