Que camuflam o corpo nu
Sou muito mais
Sou a metamorfose de Raul
Não sou os cheiros artificiais
Sou o suor
E o fedor das coisas reais
Rótulos não me cabem
E os julgamentos, tão banais
Estes de nada valem
Pois amanhã não sou eu mais
Um peixe solto num mar revolto
Talvez tenha mais certeza
Sou um louco que acha pouco
Viver só uma natureza
Aqui estou. Mas este não sou.
Ou era? Não sei
De lá pra cá
Vai ver, já mudei
Felipe Menezes - 08/09/2012
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