Em seguida, vem o turno diurno
Na sequência, o noturno
Só então, descanso taciturno
É aí que sumo
Não atendo mais ao telefone
Vagueio pela casa sem rumo
Livre, leve e insone
Fazendo o que me dá na telha
Dando vez às minhas vontades
Provando o calor de uma centelha
De uma tal de liberdade
Madrugada adentro é assim
Me permito e desconcentro
Dispenso o centro, o norte e enfim
Ouço só o que vem de dentro
Converso comigo
E me conheço sempre um pouco mais
Fico cada vez mais meu amigo
Descobrindo o que me apraz
Então brindo com meu eu
E bebo por nós dois
Deitamos juntos no breu
E acordo sozinho depois
Felipe Menezes - 16/09/2012