Vida passageira
Vita brevis
Vida ligeira
Ontem mesmo era segunda
Amanhã já é sexta-feira
Eu mal pisquei os olhos
E lá se foi a semana inteira
Se o tempo é uma virtude
Então a vida é traiçoeira
A cada dia ele se esvai
Restando menos na peneira
Cada grão é precioso
Mais que a Amazônia inteira
Não que seja um artigo caro
Pois não vende ali na feira
Não adianta ter bom faro
Não se pega nem se cheira
Não é escuro nem é claro
Não tem jeito nem maneira
Faz de cada momento, raro
Faz da vida, passageira
Felipe Menezes - 15/09/2009
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Soneto da Vida
Viemos da água
Do sol, do sal
Do céu, do chão
Do bem, do mal
Frutos do caos
Da orgia social
Do tédio de domingo
Das noites de carnaval
Filhos do solo
Da convergência dos pólos
Dos dois lados do punhal
Filhos do nada
Partes do tudo
Cálculos num mapa astral
Felipe Menezes - 04/11/2009
Do sol, do sal
Do céu, do chão
Do bem, do mal
Frutos do caos
Da orgia social
Do tédio de domingo
Das noites de carnaval
Filhos do solo
Da convergência dos pólos
Dos dois lados do punhal
Filhos do nada
Partes do tudo
Cálculos num mapa astral
Felipe Menezes - 04/11/2009
E.U.A.
Crises cíclicas
No sistema capitalista
Guerras implícitas
Atentados terroristas
Valores distorcidos
Por visões materialistas
Indivíduos possuídos
Por impulsos consumistas
Soldados destemidos
Falsos altruístas
Elite racista
Magistério narcisista
Jovens vendados
Sem visão periférica
Pobres coitados
Deus abençoe a América
Felipe Menezes - 22/09/2009
No sistema capitalista
Guerras implícitas
Atentados terroristas
Valores distorcidos
Por visões materialistas
Indivíduos possuídos
Por impulsos consumistas
Soldados destemidos
Falsos altruístas
Elite racista
Magistério narcisista
Jovens vendados
Sem visão periférica
Pobres coitados
Deus abençoe a América
Felipe Menezes - 22/09/2009
Poesia
A poesia não tem fórmula
Não tem regra, não tem forma
É simples pensamento
Que subitamente se transforma
Não tem escola
Não tem mestre, não tem norma
É pura intuição
Que não se ensina nem se informa
Felipe Menezes - 14/09/2009
Não tem regra, não tem forma
É simples pensamento
Que subitamente se transforma
Não tem escola
Não tem mestre, não tem norma
É pura intuição
Que não se ensina nem se informa
Felipe Menezes - 14/09/2009
Abraxas
Sou poeta moribundo e debochado
Oriundo deste mundo deformado
Vagabundo, disciplinado e moderado
Seco, raso e fundo. Doce, amargo e salgado
Sou careta e vadio
Me divirto e não rio
Vivo tranquilo e por um fio
Sou calor e sou frio
Falo e me calo, ajudo e atrapalho
Penso e abstraio
Folgo e trabalho
Sou porta e sou muro, claro e escuro
Fruto limpo e impuro
Verde e maduro
Felipe Menezes - 07/10/2009
Oriundo deste mundo deformado
Vagabundo, disciplinado e moderado
Seco, raso e fundo. Doce, amargo e salgado
Sou careta e vadio
Me divirto e não rio
Vivo tranquilo e por um fio
Sou calor e sou frio
Falo e me calo, ajudo e atrapalho
Penso e abstraio
Folgo e trabalho
Sou porta e sou muro, claro e escuro
Fruto limpo e impuro
Verde e maduro
Felipe Menezes - 07/10/2009
Chuva, Céu, Lua e Sol
A chuva
É como uma viúva
Que chora sem parar
Já o céu
É tipo um coronel
Pontual e regular
A lua
Parece uma perua
Que adora se mostrar
E o sol
Adora um futebol
E toda noite vai dançar
Felipe Menezes - 10/01/2010
É como uma viúva
Que chora sem parar
Já o céu
É tipo um coronel
Pontual e regular
A lua
Parece uma perua
Que adora se mostrar
E o sol
Adora um futebol
E toda noite vai dançar
Felipe Menezes - 10/01/2010
Doce Vício
É chato não saber
Por onde começar
Mais chato é escrever
Ler e não gostar
A inspiração sempre me foge
Sem dizer se vai voltar
Minha mente fica louca
Com abstinência de criar
De tanto acostumada
Viu-se, enfim, viciada
E não diz que vai parar
Não foi coisa planejada
Adquiriu, assim, do nada
O doce vício de versar
Felipe Menezes - 21/01/2010
Por onde começar
Mais chato é escrever
Ler e não gostar
A inspiração sempre me foge
Sem dizer se vai voltar
Minha mente fica louca
Com abstinência de criar
De tanto acostumada
Viu-se, enfim, viciada
E não diz que vai parar
Não foi coisa planejada
Adquiriu, assim, do nada
O doce vício de versar
Felipe Menezes - 21/01/2010
Procedimento Padrão
Lento e atento
Penso a contento
Arisco, mudo o disco
Tento e rabisco
Assisto e desisto
Mas risco e insisto
Anseio e leio
Julgo tudo devaneio
Amasso e arremesso
Refaço e despeço
Felipe Menezes - 20/12/2009
Penso a contento
Arisco, mudo o disco
Tento e rabisco
Assisto e desisto
Mas risco e insisto
Anseio e leio
Julgo tudo devaneio
Amasso e arremesso
Refaço e despeço
Felipe Menezes - 20/12/2009
Aprendizado
Aprendi a perder
A não pensar em poder
Aprendi a errar
E saber reconhecer
Aprendi
A não me deixar seduzir
Por ilusões que irão me trair
Aprendi a cair
E saber levantar
Aprendi a sorrir
Quando devia chorar
Felipe Menezes - 2007
A não pensar em poder
Aprendi a errar
E saber reconhecer
Aprendi
A não me deixar seduzir
Por ilusões que irão me trair
Aprendi a cair
E saber levantar
Aprendi a sorrir
Quando devia chorar
Felipe Menezes - 2007
Para Ler Só Por Ler
Às vezes eu pego a caneta
Só por pegar
E escrevo qualquer coisa
Só pra enganar
Poema não precisa de tema
Só pra enfeitar
A poesia é autônoma
Só pra lembrar
Basta escrever qualquer coisa
Só pra começar
E deixar o instinto falar
Só por falar
Felipe Menezes - 21/01/2010
Só por pegar
E escrevo qualquer coisa
Só pra enganar
Poema não precisa de tema
Só pra enfeitar
A poesia é autônoma
Só pra lembrar
Basta escrever qualquer coisa
Só pra começar
E deixar o instinto falar
Só por falar
Felipe Menezes - 21/01/2010
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